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Lojas inovam em local para maridos se ‘acalmarem’ para mulher consumir

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‘Maridódromo’ distrai homens durante compras.

Fonte: Correio da Bahia.

Maridos não entendem que mulheres precisam experimentar várias calças antes de se decidir por uma, afinal cada peça tem um caimento diferente. Também não entendem que comprar na primeira loja pode significar perder uma ótima oportunidade no estabelecimento ao lado, nem que olhar vitrines pode ser uma distração revitalizadora.

Para não se irritar, a maioria deles prefere nem ir ao shopping, mas há ocasiões em que não tem jeito. Foi pensando nessas situações que alguns estabelecimentos do Sudeste do país –  e a ideia começa a chegar a Salvador – oferecem o ‘maridódromo’.

Trata-se de um espaço oferecido gratuitamente, com várias opções de divertimento para os homens esperarem suas mulheres nas compras. O que os maridos acham de um espaço com sinuca, xadrez e futebol passando na TV, no meio do shopping? “Seria perfeito. Se tivesse cerveja, então, melhor ainda”, opina o dentista Frederico Peixoto.

Sua esposa, a jornalista Karine Pamponet, conta que toda vez que o casal precisa ir junto ao shopping tem briga. “Ele odeia shopping, sempre vai reclamando. Mas, às vezes, é aniversário de alguém da família dele e eu não me sinto à vontade pra comprar o presente sozinha”, conta. Frederico, no entanto, costuma esperar na praça de alimentação enquanto a mulher roda o shopping em busca do presente perfeito. “Quando eu encontro, ligo pra ele ir na loja, olhar e pagar”, conta.

Um maridódromo seria perfeito para o casal. “Seria um lugar pra ele se distrair um pouco”, diz a mulher. O editorador Erlaney Rocha acha que, para ser perfeito, o maridódromo podia ter vídeo game, baralho e dominó. No entanto, acha difícil frequentar um lugar assim, já que, quando vai ao shopping com a esposa, ela faz questão de ouvir a opinião dele sobre cada roupa que experimenta. “É desconcertante ter que entrar em lojas femininas, principalmente as de roupa íntima”, reclama.

Internet 


A loja Bluk, no Salvador Shopping, não tem vídeo game nem cerveja, mas oferece em seu ‘espaço marido’, um netbook, revistas de carros e um confortável pufe. “Eles ficam menos ansiosos para ir embora. E elas ficam mais tempo e compram mais”, conta a gerente, Patrícia Dias. Ela diz que a ideia surgiu há um ano e meio, após um estudo de mercado. Deu certo e o modelo virou padrão em todas as lojas da rede pernambucana. “O faturamento aumentou”.

Na Nina da avenida Manoel Dias da Silva, Pituba, os maridos também são muito bem tratados, garante a gerente, Graça Cavalcante. Entre as opções de distração, tem cafezinho, revistas e futebol na TV. “Eles ficam bem mais relaxados. Tem uns que só querem vir aqui”, conta Graça.

Os homens também não têm o que reclamar na Farm do Iguatemi e Salvador Shopping. “A gente tem um futon grande e macio. Eles deitam, ficam calminhos… Tem uns que até dormem”, ri a gerente, Viviane Cerqueira.

Seguindo o mesmo princípio, o Salão Cabelo & Barba, no Matatu de Brotas, tem choperia, canal de esportes e revistas masculinas. O espaço, só para homens, fica ao lado do Salão Obrigado, só para mulheres.

Brasil 


Em outras cidades do país é possível encontrar maridódromos superincrementados. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, o shopping Campo Grande inaugurou em fevereiro um espaço com televisão, vídeo game, massagem, área de leitura e jogos, como sinuca e totó. Tudo de graça.

O shopping Empório dos Calçados,em São Paulo, pretende inaugurar o seu estacionamento de maridos até o mês que vem. O lugar terá café, jogos e televisão com programação esportiva.

E a tendência é internacional. No ano passado, a loja de móveis e decoração Ikea, em  Sidney, Austrália, montou por uma semana um espaço chamado de Manland (terra dos homens), onde era possível comer petiscos, tomar refrigerante, ver TV e jogar vídeo game, enquanto as mulheres apreciavam os objetos.

Enquanto a ideia não pega nos shoppings soteropolitanos, algumas áreas dos centros de compras acabam assumindo a função de distrair os homens. No Salvador Norte Shopping é no Beach Chopp que os maridos se concentram durante as compras das esposas.

No Shopping Paralela tem o Armazém Beer Special, onde eles podem degustar cervejas de diversas partes do mundo. O shopping também investiu nos lounges com ambientação e plantas decorativas ao longo dos corredores.

Já no Shopping Paseo, os companheiros impacientes podem dar um tempo na Pelé Arena Café & Futebol, uma cafeteria temática que conta a história do jogador em sua decoração.

Mulheres compram mais roupa


A personalidade humana é bem mais complexa que uma simples questão de gênero, e não há nada de especial no cérebro da mulher que explique o gosto da maioria delas pelas compras. É tudo uma questão cultural.

O coordenador do curso de Psicologia da Unifacs, professor Wílson Sampaio, explica que a evolução do imaginário ocidental fez com que as mulheres gostassem mais de comprar roupas do que os homens, mas destaca que o mesmo comportamento não se observa com outros produtos.

“Culturalmente, a sociedade cobra mais da mulher que ela esteja bem vestida, com vários assessórios, que não repita roupa nas festas. O homem é mais fácil. Coloca uma calça, uma camisa e está pronto para qualquer lugar”, diz o especialista. Segundo ele, essa diferença de exigência da sociedade faz com que a mulher sinta a necessidade de comprar mais roupas e assessórios do que os homens.

“O homem só precisa de um par de sapatos que combine com tudo. Quando (o sapato) fica velho, ele vai na loja, experimenta um ou dois, e leva o que achar mais confortável. Ainda são minoria os homens que investem em detalhes”, descreve, para em seguida exemplificar o comportamento da mulher. “Ela experimenta dez, e muitas vezes acaba não levando nada”.

Segundo Sampaio, isso acontece porque na hora da compra a mulher considera muito mais do que o conforto e a durabilidade do produto. “Ela vê beleza, ela vê a marca. A mulher precisa de vários pares, um para cada ocasião. A sociedade cobra isso dela e o mercado se aproveita disso para vender mais”.

Ele lembra ainda que quando se considera, por exemplo, objetos de consumo tecnológicos, como Ipads, Iphones e celulares, os homens são tão ou mais consumistas que as mulheres.

 

 

 

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