Fonte: Uol e Agência Sebrae.
Quem se formaliza como empreendedor individual (EI) consegue ampliar suas vendas, principalmente para empresas. É o que mostra uma pesquisa do Sebrae, serviço de apoio à micro e pequena empresa, realizada na Bahia. Trata-se de um projeto-piloto de um levantamento que será realizado em todo o país.
Segundo o Sebrae, a alta nas vendas ocorre porque, com a possibilidade de emitir nota fiscal, os empreendedores individuais podem vender seus produtos legalmente para pessoas jurídicas.
Pela pesquisa, o número de empreendedores que vendem para empresas aumentou 78% e o volume dos que vendem para o governo subiu 66%. A venda para pessoa física também aumentou 10%, após a formalização.
A pesquisa Mercado do Empreendedor Individual da Bahia reúne informações de 152 EIs. Ao todo, o estado possui mais de 171 mil trabalhadores registrados na categoria.
A pesquisa mostra ainda que os empreendedores precisam profissionalizar a gestão financeira de seus negócios. Dos entrevistados, 57% calculam a margem de lucro; 51% analisam os preços dos concorrentes; e apenas 37% analisam seus gastos.
Os dados mostram que 40,7% fazem pesquisa e escolhem as melhores condições para as compras e 3,3% se associam a outros compradores para obter melhores preços. Mas, 46,7% dos empreendedores compram sempre dos mesmos fornecedores, sem fazer pesquisa de preço. Os 9,3% restantes não fazem aquisições para a empresa.
Dos entrevistados, 60% pagam aos fornecedores à vista. Outros 21% pagam com cartão de crédito e 19% com cheque pré-datado ou carnê.
Acesso às instituições financeiras é ampliado
Além de aumentar as vendas, a formalização facilita o acesso dos EI às instituições financeiras. Segundo os empreendedores ouvidos pelo Sebrae, a abertura de uma conta bancária permite que o estabelecimento aceite pagamentos com cartão de crédito e emita boletos para cobranças.
Os EI são trabalhadores por conta própria que se formalizam e passam a emitir nota fiscal, além de contar com benefícios da Previdência Social, entre outras vantagens. Para se formalizar, o profissional deve faturar até R$ 60 mil por ano.