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Dólar e seca empurram preço dos alimentos típicos dos brasileiros

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Houve tanto impacto da valorização do dólar frente ao real quanto de problemas climáticos

Fonte: Correio da Bahia.

A inflação dos alimentos dobrou na passagem de março para abril no índice que mede a inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O grupo Alimentação e Bebidas saiu de uma alta de preços de 0,25% em março para um aumento de 0,51% em abril. Houve tanto impacto da valorização do dólar frente ao real quanto de problemas climáticos. “Os alimentos têm efeito da exportação, que já é um indício do dólar crescendo.

Temos efeitos também dos problemas de safra e do clima, que influenciam o feijão, por exemplo, o principal impacto entre os alimentos”, contou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE. O destaque de alta foi o feijão carioca, mais consumido no país, que teve aumento de 12,66% em abril. Em Salvador, por exemplo, o quilo do produto subiu de R$ 3,50 para R$ 5,50 na Feira de São Joaquim.

Ficaram mais caros também o feijão-mulatinho, o sorvete, a farinha de mandioca, o alho, o óleo de soja, a batata inglesa, os pescados, o ovo de galinha, o queijo, a cerveja, o frango em pedaços, o açúcar refinado, o leite longa vida, o biscoito e o arroz.

“Arroz subiu, feijão subiu, farinha subiu. Na verdade, é o prato típico do brasileiro. A safra de mandioca foi bastante prejudicada. No caso do feijão, é safra também. São pequenos produtores que plantam. Quando o preço é bom, todo mundo planta no ano seguinte. Quando é ruim, ninguém planta”, explicou a coordenadora de Índices de Preços do IBGE. “O aumento do óleo de soja é ligado ao dólar. Há problemas na safra americana, e o Brasil está exportando mais. Então, o preço da soja está aumentando no país”, acrescentou Eulina.

Na direção oposta, ficaram mais baratos o tomate, as carnes, o lanche, o frango inteiro, o açúcar cristal e o café moído. “A carne continua caindo. No primeiro semestre, é período de safra da carne. Então os produtores têm abatido mais”, disse a coordenadora do IBGE. As carnes saíram de uma queda de 1,63% em março para um recuo de 1,35% em abril.

Inflação em abril foi a maior em um ano
A inflação acelerou de 0,21% em março para 0,64% em abril, segundo informação do IBGE, divulgada ontem. Esse foi o maior índice mensal desde abril de 2011, quando o indicador havia ficado em 0,77%. Seis entre os noves grupos de despesas que integram o IPCA registraram aumento em suas taxas de variação na passagem de março para abril.

“Desta vez, a alta não está muito concentrada, está um pouco mais dispersa”, avaliou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE. O maior impacto na taxa veio da aceleração de Despesas Pessoais, de 0,55% em março para 2,23% em abril, puxada pelos aumentos no cigarro e empregados domésticos. Já o grupo Saúde e Cuidados Pessoais saiu de 0,38% em março para 0,96% em abril, devido, principalmente, ao reajuste dos remédios.

Os artigos de vestuário também contribuíram com aceleração, passando de um recuo de 0,61% em março para uma alta de 0,98% em abril. Os gastos com habitação também pesaram mais no bolso das famílias, saindo de 0,48% em março para 0,80% em abril. O grupo Comunicação passou de uma queda de 0,36% em março para 0,46%.

Os alimentos subiram de 0,25% em março para 0,51%. Na direção oposta, o aumento de gastos com transportes desacelerou, passando de 0,16% em março para 0,10%. O grupo artigos de residência aprofundou o recuo, de -0,40% para -0,79%.  O economista Alcides Leite disse que  a alta do índice no mês de abril foi “pontual”. “Não há motivos para se preocupar”, amenizou.

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