Fonte: Agência Estado.
A intenção de consumo das famílias cresceu 3,4% em junho de 2012, na comparação com o mesmo período de 2011, e caiu 0,7% em relação a maio, informou nesta quarta-feira a Confederação Nacional do Comércio (CNC). A análise da instituição é de que a continuidade do aumento da massa salarial e da baixa taxa de desemprego ainda sustenta a confiança das famílias em relação a 2011. A lenta recuperação da demanda doméstica, porém, e o alto nível de endividamento pesam sobre a disposição ao consumo na análise mês a mês.
“O comprometimento da renda ainda impede maiores gastos por parte das famílias, inibindo um crescimento mais forte da intenção de consumo”, disse o economista da CNC Bruno Fernandes.
Por faixa de renda, a principal contribuição negativa para o índice na comparação mensal partiu das famílias de baixa renda (até dez salários mínimos), com recuo de 0,4%. Entre as regiões do País, o destaque foi a Centro-Oeste (-6,4%). O item com maior variação negativa, para a mesma base de comparação, foi o relativo a compras a prazo (-1,8%).
Na comparação anual, o único indicador a apresentar sinal negativo foi o de emprego atual (-0,2%) e a principal alta foi de perspectiva de consumo (6,6%). A CNC avalia que as expectativas de melhores condições econômicas domésticas, devido a medidas fiscais e monetárias, tendem a manter a intenção de consumo em um patamar mais elevado do que a do ano anterior.