Caderneta de poupança é a aplicação preferida entre os consumidores entrevistados.
Fonte: Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas.
Desdobramento de pesquisa encomendada pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) para analisar a vida financeira do brasileiro revela que quatro em cada dez consumidores (39%) têm hábito de fazer aplicações periódicas. Destes, 27% optam pela caderneta de poupança, 5% por outros tipos de investimento (títulos de capitalização, CDBs, …) e 7% por ambos. O estudo ouviu consumidores das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal.
Fonte: CNDL / SPC Brasil
Para o economista do SPC Brasil Nelson Barrizzelli, a preferência pela caderneta de poupança se deve principalmente à segurança que este tipo de investimento oferece ao aplicador. “Tem garantia do Governo, não incide no imposto de renda e não cobra encargos sobre operações financeiras”, explica. Na avaliação do especialista, a poupança tem sido mais utilizada por pessoas que querem reservar uma determinada quantia para ser prontamente acessada em situações emergenciais.
Já os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) são títulos de renda fixa que exigem um volume mínimo de recursos do aplicador, razão pela qual pessoas pertencentes às classes AB tenham mais acesso a esse tipo de aplicação. O estudo mostra que o percentual daqueles que fazem este tipo de aplicação nas classes CD é de 4%. Já nas classes AB, o número sobe para 22% dos entrevistados.
Fonte: CNDL / SPC Brasil
Na avaliação do SPC Brasil, o país de maneira agregada tem propensão natural para consumir. A renda e os instrumentos de crédito se tornaram mais acessíveis nos últimos anos, permitindo que um número significativo de famílias entrasse no mercado de consumo. No entanto, o estudo apontou de modo geral que, apesar do crescimento do consumo e do endividamento ocorrido nos últimos cinco anos, quase metade da população brasileira tem reservado algum recurso para situações emergenciais.
O estudo
Para elaborar a pesquisa sobre o uso do crédito pelo consumidor brasileiro foram ouvidas 623 pessoas de todas as capitais do país, com alocação proporcional ao tamanho da População Economicamente Ativa (PEA), segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O estudo foi realizado pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). A margem de erro amostral é de 4% e a confiança é de 95%.