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A hora e a vez do varejo online no Brasil (será?)

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Fonte: Correio da Bahia, por Luís Moreira.

Após conquistar o mundo real, talvez estejamos diante agora da conquista do universo virtual pela tão aclamada classe C – ou, como aprendemos a chamá-lá, classe média emergente.

Graças ao tripé liberação de crédito, aumento do consumo de computadores e acesso à banda larga, essa fatia de brasileiros, que hoje representa 53% da população, foi uma das grandes responsáveis pelo crescimento do varejo eletrônico – que em 2011 chegou a faturar R$ 18,7 bilhões e espera ter fechado o ano passado em R$ 22,5 bilhões (um crescimento de 20%).

Um levantamento publicado pela consultoria e-Bit mostra que dos nove milhões de novos consumidores online no país surgidos nos últimos 12 meses, 61% pertenciam à classe C – uma evidência irrefutável de que o aumento do número de compradores no universo virtual está diretamente ligado à continua entrada da classe média brasileira  na era digital.

O próximo passo agora para consolidar o varejo online no Brasil é encarar o desafio de entender os hábitos de consumo desse cliente que está debutando no carrinho de compras virtual. E aqui vão algumas dicas: esse novo consumidor, mesmo sendo uma pessoa de orçamento limitado, exige criações voltadas às suas necessidades e com o mesmo nível de serviço e qualidade, busca sempre por produtos e serviços consagrados no mercado, mas não possui ainda uma marca preferida.

Sabe-se que tem adotado cada vez mais o ambiente web nas suas compras porque, como não pode errar nas suas escolhas, na internet ele consegue ter mais acesso a informações, visualiza os comentários de outros compradores, compara as especificações do produto, os modelos e toma sua decisão mais facilmente.

Se ‘praticidade’ é a palavra-chave e um grande diferencial do varejo eletrônico em relação ao mundo real, para a conectada classe C vale incluir também  preço, promoção e condições de pagamento como questões essenciais. Afinal, não podemos esquecer que nem todos têm cartão de crédito e o boleto é sempre uma opção arriscada porque, como o processo até pagá-lo é mais longo, o consumidor pode desistir antes.

Tornar a venda mais agradável para esse público não deixa de ser também uma premissa importante no desafio de continuar atraindo novos compradores da classe C. Como na compra online o consumidor não toca no produto, acaba pagando antes para recebê-lo só depois, fazer uso de ferramentas de interatividade que facilitem a vida desse ‘novato’, como chats online e vídeos explicativos, é sempre oportuno.

Especialistas acreditam que, até 2015, as compras virtuais por aqui devam dobrar de tamanho, alcançando um faturamento anual de R$ 40 bilhões e, assim, passar de sétimo para quarto maior do mundo, atrás apenas da China, EUA e Japão.

O caminho é realmente longo, mas plenamente alcançável. Diversificação dos negócios, parceria entre investidores e varejistas nacionais, aposta em nichos até então pouco atendidos (como moda, beleza, móveis e bebês, por exemplo), uso da plataforma mobile com o barateamento dos smartphones e, claro, o contínuo esforço de entender mais e melhor o consumidor da classe média brasileira – coisas que estão por vir e que fazem acreditar que, finalmente, chegou a hora e a vez do varejo online no Brasil.

Luís Moreira  é gerente-executivo do iBahia

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