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Dívida familiar: Salvador tem a maior queda do país

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Valor de débitos e total de famílias com dívidas entre 2011/2012 caíram

Fonte: Correio da Bahia, por Victor Longo.

Entre todas as capitais do Brasil, Salvador foi a que apresentou maior redução do endividamento das famílias entre janeiro de 2011 e dezembro de 2012. Enquanto o total das famílias endividadas caiu 39% no período, o valor total das dívidas das famílias na capital baiana caiu 37%.

Em 2011, o número total de famílias endividadas em Salvador era 573,3 mil, com uma taxa de endividamento média de 66%. Em 2012, esse número caiu para 348 mil, enquanto a taxa de endividamento média despencou para 40%, passando a ser a mais baixa do país. Os índices foram divulgados ontem pelo estudo Radiografia do Endividamento das Famílias 2013, da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP).

O assessor técnico da Federação Guilherme Dietze destaca que como 2011 havia sido um ano com altos índices de inadimplência, as instituições financeiras reduziram a oferta de crédito, especialmente no Nordeste.

“Houve uma redução do crédito para conter a inadimplência, especialmente onde há uma renda média mais baixa, que é o caso de Salvador e do Nordeste”, afirmou. “Com isso, as famílias contraíram menos dívidas e quitaram as antigas”, completou.

Na região Nordeste, todas as capitais – Fortaleza (17%), Recife (12%), Aracaju (7%), São Luís (6%), Teresina (3%), e Maceió, João Pessoa e Natal (2%) – tiveram redução no número de famílias endividadas. A média nacional apontou redução de 5%.

Por outro lado, Salvador está entre as cinco capitais com maior percentual de famílias com dívidas em atraso, com um total de 27%, atrás apenas de Aracaju (45%), Porto Alegre (32%) e Macapá (30%).

Cenário
Apesar dos números positivos sobre a redução do endividamento, Dietze acredita que os valores simbolizam, em parte, um cenário de crise. “Em cidades como Fortaleza, Recife e Salvador, houve uma forte inflação dos alimentos e bebidas, de cerca de 12% em 2012. Em um cenário como esse, as famílias acabam tomando uma posição mais defensiva e comprando menos”, explicou.

Segundo ele, o cenário de inflação crescente aliado às altas taxas de juros e ao baixo crescimento econômico do país podem agravar essa crise ainda mais. “A sorte, até aqui, é que as empresas estão mantendo o nível de emprego, provavelmente para evitar pagar os altos encargos trabalhistas e com a esperança de que o país volte a crescer mais”, disse. “Mas, se esse nível de emprego começa a cair, uma crise pode ser deflagrada”, alerta.

Diante disso, a redução das dívidas, que ocorreu em todo o país, reflete a desconfiança do consumidor. “Ele pensa: ‘Não sei se continuarei no meu emprego amanhã’ e prefere não contrair dívidas”, esclarece.

Por outro lado, Dietze observa um ponto positivo: uma mudança de cultura incipiente no brasileiro na sua relação com o dinheiro. “Com o tempo, o brasileiro acabou aprendendo a lidar melhor com o dinheiro, por ter mais experiências práticas ou mais informações”, explica o especialista.

O produtor de eventos Fábio Aguiar,  45 anos, reflete essa mudança. Recentemente, ele se livrou totalmente de dívidas contraídas em 2011, quando fez uma reforma no apartamento onde mora, no Retiro. “Ninguém gosta de dever. É desagradável. Os credores ficam ligando, seu nome vai para o SPC e o Serasa”, considera.

Hoje, cerca de um mês depois de ter quitado totalmente o que devia, ele comemora os resultados e explica como fez para se livrar das dívidas.
“Eu não deixei de ter as minhas coisas, os meus prazeres. Só reduzi um pouco jantares fora de casa e cortei as farras maiores”, disse. “Só não contraí mais dívidas e fui pagando a cada mês”, contou.

Demanda do consumidor por crédito cresce 6,1% até junho
O número de consumidores que buscou crédito durante o primeiro semestre deste ano teve alta de 6,1% em relação ao mesmo período de 2012. Os números são do Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, divulgado ontem. De acordo com a pesquisa, no ano passado, em razão da inadimplência do consumidor em ascensão, a demanda do consumidor por crédito havia recuado 7,4% no primeiro semestre de 2012 na comparação com os seis primeiros meses de 2011.

Embora tenha retomado a trajetória de alta no início deste ano, o resultado mostrou-se inferior aos verificados nos primeiros semestres de 2010 e de 2011, períodos em que a demanda do consumidor por crédito registrou expansões de 16,6% e 13,7%, respectivamente. As regiões Norte e Nordeste registraram as maiores taxas de crescimento dessa demanda: 15,7% no Norte e de 12,9% no Nordeste.

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