Fonte: Folha de São Paulo.
Com carne, tomate, macarrão e pão francês mais caros, os brasileiros tiveram de gastar mais com comida em novembro e viram os alimentos figurarem o posto de vilões da inflação por mais um mês.
O item subiu 0,84% e foi o principal responsável pela aceleração do IPCA-15, que teve variação de 0,57%, ante 0,48% no mês anterior. O resultado ficou abaixo da projeção do mercado (0,65%).
O indicador, divulgado nesta terça-feira (19) pelo IBGE, é uma prévia para novembro. No acumulado em 12 meses, a inflação ficou em 5,78%, abaixo da meta oficial do governo, de 6,5%.
A pressão dos alimentos já era esperada pelos economistas neste final de ano e apareceu com mais força em outubro refletindo uma alta do dólar. Naquele mês, o item representou quase a metade do IPCA geral.
Na prévia de novembro, houve pressão generalizada nos preços, com avanço em sete das nove modalidades pesquisadas pelo IBGE. A maior alta ficou com o item vestuário (0,96%).
Entre os alimentos, o segundo maior aumento e o de maior peso sobre o índice, a carne (2,34%) foi o destaque, com a maior contribuição geral (0,06 pontos).
O tomate ficou 23,36% mais caro e também teve importante influência na inflação no primeiro período de novembro. O IBGE atribuiu a alta à transação de safra e a uma área menor plantada do produto.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 12 de outubro a 11 de novembro e comparados com os vigentes em 13 de setembro a 11 de outubro.