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Confiança na Copa

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Pesquisa revela que comércio prevê crescer até 8% no Mundial

Fonte: Correio, por Priscila Natividade

 

O comércio varejista de Salvador está confiante na Copa do Mundo. É o que aponta a pesquisa realizada mensalmente pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL), sobre a expectativa do mercado em relação à torcida e aos jogos que acontecem na cidade. O  CORREIO teve acesso com exclusividade aos resultados do estudo.

Segundo a análise, 72% dos empresários acreditam que, caso haja manifestações, elas não terão o mesmo impacto negativo para o varejo registrado durante a Copa das Confederações no ano passado.“O resultado apresenta números muito animadores para o varejo. Acredito que a Copa do Mundo  tem que ser uma oportunidade e não uma ameaça. Existe um clima de festa que vai tomar conta da cidade e beneficiar muito a área de varejo e serviços. É justamente isso que o estudo comprova”, avalia o presidente da CDL, Antoine Tawil.

A pesquisa sinaliza ainda, que 42% dos lojistas fizeram reforço do seu estoque nessa última semana, e adquiriram material decorativo específico com tema da Copa e do São João. Itens que alavancam as vendas em lojas como o Supermercado dos Tecidos, localizada na Avenida Sete de Setembro.  “A expectativa está muito grande. A procura de produtos nas cores da Seleção Brasileira e por bandeiras aumentou em 50% só nesta semana. Estamos muito confiantes, principalmente com o aumento da proximidade dos jogos e o interesse dos clientes por itens que remetem a Copa do Mundo”, assegura o gerente, Reinaldo Mariano.

Motivados com a campanha positiva da Seleção Brasileira e a estrutura montada para a Copa do Mundo, grandes varejistas da cidade, incluindo lojistas de shopping e o comércio de rua, aguardam um crescimento de 5% a 8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Vai ser um olho na Seleção e outro na vitrine, já que a totalidade dos entrevistados pretende abrir as lojas normalmente nos meses de junho e julho, com exceção da tarde do dia 23 de junho (véspera de São João), no feriado de 24 de junho, e nos horários específicos dos jogos que as cores do Brasil entram em campo.

“Alguns varejistas estão até contratando mais para estender os horários de funcionamento das lojas”, acrescenta Tawil. Uma das ações que demostram essa motivação está na promoção da terceira edição do Liquida Bahia entre os dias 4 e 14 de julho, que terá promoções e descontos em pelo menos 80 cidades baianas.  “Vamos aproveitar a Copa  para aquecer as vendas na época do Inverno. A nossa expectativa é de um acréscimo de 20% nas vendas”, destaca.

De acordo com o coordenador estadual da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Edson Piaggio, o que ocorreu na Copa das Confederações serviu de experiência para aprimorar o processo na Copa do Mundo.

“Estamos tranquilos e muito otimistas com relação a isso. Essa evolução, com certeza, nos trouxe ensinamentos que deixaram o comércio seguramente preparado para a dimensão e as oportunidades que acompanham o evento”, analisa Piaggio.

EXPECTATIVA Bares e restaurantes também estão contando os dias para a Copa do Mundo, como afirma o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel Bahia), Luiz Henrique Amaral. “A gente não está com nenhuma expectativa negativa no segmento. Pelo contrário, é uma expectativa de bons negócios. Bares e restaurantes estão investindo em diversas ações para o evento”. O secretário da Indústria Comércio e Mineração da Bahia, James Correia, afirma  que não há perigo, quanto à perda dos investimentos injetados por conta da realização do Mundial de futebol.

“Nós não temos esse problema. O comércio e a área de serviços como um todo vão vender bastante, por isso que a Copa do Mundo veio para o Brasil e com certeza, estamos preparados para recebê-la. Vamos todos torcer para que ocorra tudo em paz e que o Brasil ganhe. A preocupação vai se dissipar com o primeiro chute que a Seleção Brasileira der em direção ao gol”.

RECEIO Na contramão do otimismo há setores que ainda têm algum tipo de desconfiança com relação à Copa. O vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem na Bahia (Abav-BA), Rogério Ribeiro, relata a falta de retorno do investimento feito pela a agência de viagens onde é sócio. “Trouxemos apenas 140 pessoas. Vendemos R$ 150 mil em pacotes, quando a nossa expectativa era de R$ 800 mil. Isso serviu de bagagem para que nós não investíssemos na venda de nenhum pacote para a Copa do Mundo em Salvador”.

Aliado a esse fator, Ribeiro culpa também, o discurso de insegurança que circula no exterior por conta das manifestações que ocorreram e, sobretudo, o aumento dos custos de permanência do turista estrangeiro no Brasil.

“Voltei recentemente da Europa e percebi essa imagem. É comentário em qualquer lugar por onde a gente passe lá fora. Quanto aos preços foram extremamente abusivos e limitou a operação de muitas agências”, conta.

A alternativa foi investir no turismo no exterior. “Resolvemos então levar o baiano para fora. Estamos organizando, por exemplo, uma excursão para Itália por 10 dias, por R$ 5mil. O pacote ainda dá direito a assistir um show de Andrea Bocelli. Para esse pacote, já estão vendidos 27 lugares”.

Um terceiro painel da pesquisa sobre os empresários e a Copa do Mundo, encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), divulgada essa semana, mostrou que 51% dos empresários baianos acreditam que as manifestações que podem ocorrer durante a Copa não irão interferir nos negócios.

No entanto, o mesmo estudo mostra que 16% têm certeza de que o comércio pode ser afetado de forma negativa e 29% opinaram que provavelmente pode afetar de forma negativa.  Apenas 1% dos entrevistados afirmam ainda, que o maior evento esportivo do mundo, provavelmente irá afetar de forma positiva.

A pesquisa analisou as sete cidades-sede da Copa e ouviu 600 proprietários e gestores de empresas cujos segmentos de atuação têm relação direta com o evento. Em escala nacional, o relatório aponta a crença de 47% no impacto negativo com a onda de manifestações, contra 38%, que avaliaram a Copa como uma boa oportunidade na geração de negócios.

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