(Fonte: AC Comunicação, por Admilson Santos)
Representantes da FCDL Bahia, CDL Salvador, Fecomércio Bahia, Fetrabase, FIEB, FAEB, entre outras entidades, estiveram em reunião, de mais de duas horas, com o secretário estadual da Fazenda, Manoel Vitorio, na manhã de terça-feira 07/11.
O objetivo do encontro foi tentar, mais uma vez, evitar o reajuste do ICMS proposto pelo Governo do Estado, apresentando dados sobre a situação crítica do varejo baiano e os impactos negativos da proposta para o setor produtivo. Estiveram presentes na reunião os deputados Eduardo Salles (PP), Rosemberg Pinto (PT) e Zé Raimundo (PT).
As entidades falaram sobre a situação atual do varejo baiano, que vive uma crise, com vendas decrescentes, de pelo menos 20%, em diversos setores. Alguns sinais foram exemplificados como a reduzida contratação para vendas de fim de ano, umas das mais baixas dos últimos anos.
Preocupação
“A maior preocupação é que um aumento de impostos num contexto negativo desses vai gerar impacto direto no caixa das empresas, com risco real de demissões, entre outros efeitos danosos como a inflação e a diminuição do poder de compra do consumidor”, avalia Antoine Tawil, da FCDL Bahia.
O presidente da CDL Salvador, Alberto Nunes, defendeu a suspensão do projeto, especialmente num momento de crise econômica e recuo nas vendas. “Se não for possível suspender, que seja adiado para que as empresas possam se preparar e se adequar ao novo momento. Queremos contribuir com a solução, inclusive levamos opções para o governo que não seja uma penalização ainda maior para o segmento que mais contribui com geração de emprego, renda, e arrecadação”.
O secretário Manoel Vitorio e os deputados governistas não se comprometeram em mudar o projeto, mas disseram que levariam ao governador Jerônimo Rodrigues a posição do setor.
Manifesto
Nos últimos dias, as instituições que representam o setor produtivo na Bahia já haviam lançado um manifesto em conjunto pedindo a não aprovação do projeto de lei que reajusta a alíquota do ICMS de 19% para 20,5%.
Na manifestação, as entidades afirmam que o “aumento da carga tributária prejudicará a economia do Estado e impactará negativamente no custo de vida.” Apontam também que o projeto “dificulta o bom desenvolvimento do comércio, fazendo recair para o consumidor final um fardo extra que afetará diretamente na diminuição do poder de compra e no desemprego principalmente da população com menor poder aquisitivo”.