O volume de vendas de supermercados e hipermercados subiu 4% em 2011, o resultado mais fraco desde 2005 (2,1%). Aumentos de preços dos alimentos no início do ano, por conta de comodities mais caras no primeiro semestre, aliados a problemas climáticos que originaram choques de oferta, levaram ao enfraquecimento na variação, segundo o gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Reinaldo Pereira. “Como esta atividade tem o maior peso na composição do varejo restrito, isso (a alta menos intensa) segurou o avanço no volume de vendas em 2011”, acrescentou o especialista. O IBGE divulgou nesta terça-feira que as vendas no varejo restrito subiram 6,7% no ano passado.
A piora no desempenho de hipermercados e supermercados também ajudou a diminuir o ritmo de vendas do varejo restrito na margem (em relação a mês imediatamente anterior), que saiu de 1,2% para 0,3% de novembro para dezembro. Somente nesta atividade houve queda de 1,7% no volume de vendas, em dezembro contra novembro.
Outro ponto destacado por Pereira foi a ascensão da nova classe C.
Ele lembrou que estas famílias, ao experimentar renda mensal mais elevada, deixaram de considerar alimentos como principal item em seu orçamento doméstico, e passam a diversificar compras. Isso, na prática, diminui o consumo de alimentos, o que atinge em cheio as vendas de supermercados e hipermercados.
Tribuna da Bahia – Economia, Página 06
Em: 15/02/2012